Nossa História

Grupo Afro-Sul

O grupo Afro-Sul de Música e Dança é uma instituição cultural que funciona como movimento de valorização da cultura negra e do direito a livre expressão da pessoa humana, com objetivo de lutar contra o racismo e divulgar a história e a música negra através de seus espetáculos.

Foi criado por jovens negros, integrantes de uma banda, em Porto Alegre em 1974. Formado inicialmente apenas por instrumentistas, o grupo resolveu inserir bailarinos em seu elenco para melhorar seu desempenho.

Ao longo dos anos, a Afro-Sul desenvolve atividades dentre as quais se destacam a dança, a música, a moda e a gastronomia. Retrata a cultura afro-gaúcha e a difunde para além das fronteiras da Capital e até mesmo do Brasil, com um repertório que viaja pela “diáspora Africana” e efetua a fusão entre música erudita e ritmos afros.

Escola de Samba Garotos da Orgia

Em 1998, o Afro-Sul assumiu a direção da Escola de Samba Garotos da Orgia, fundada em 1980 em Porto Alegre, com o objetivo de trazer para o carnaval apenas temas e enredos relacionados à cultura afro-brasileira. Porém, um ano depois, percebeu-se a necessidade de desenvolver trabalhos sociais com base na cultura negra, que fossem desvinculados ao esquema de competição que caracteriza os desfiles de carnaval.

Assim, propiciou a troca da Escola de Samba para “Sociedade de Ação Social, Recreativa, Beneficente, Cultural e Bloco Afro Ọdọmode” (Raiz Afro-Gaúcha). Essa alteração também ocorreu pelo fato de que as escolas de samba de Porto Alegre focam apenas as atividades no período de carnaval. Entretanto, a criação do Bloco Afro Ọdọmode não estabeleceu um rompimento total de seus integrantes com a comunidade carnavalesca já que ainda desfila.

Contudo, com um olhar direcionado às questões sociais emergentes da sociedade. Assim, toma como missão fortalecer e qualificar iniciativas de resgate da cidadania através da arte e da cultura afro-brasileira e suas origens, viabilizando assim, o acesso da criança, do adolescente e suas famílias à sociedade.

Centro Cultural de Ação Social

A partir da criação do Ọdọmode, a quadra que era utilizada pela Escola de Samba foi transformada em um Centro Cultural de Ação Social. Esse foi o elemento principal para a concepção e execução de um projeto de inclusão sociocultural, em que há a oportunidade de criar e experimentar inúmeras práticas pedagógicas voltadas à transformação gradual da nossa realidade atual, marcada pela exclusão e a discriminação. Está orientada também pela efetivação da Lei 10.639, que faz constar nos currículos escolares a História da África e do Negro no Brasil.

Ações Socias

Inicialmente, as ações sociais do projeto de inclusão sociocultural eram bem pontuais, focadas somente em datas comemorativas como Páscoa, Dia da Criança, Natal. Entretanto, novamente sentiu-se a necessidade de realizar uma prática que atuasse mais profundamente na vida dessas crianças, adolescentes e suas famílias. Iniciou-se a partir disso os primeiros passos para o programa chamado Arte é Educação.

Os projetos já englobados pelo Programa são: o Ponte de Cultura, em parceria com o Ministério da Cultura; e o Inclusão Cultural, financiado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre (Descentralização da Cultura). Neste, é dada ênfase nas tradições afro-gaúchas e afro-brasileiras, com o objetivo de garantir os direitos e deveres da criança e do  adolescente apontados pelo ECA.

Os novos projetos buscam promover possibilidades de sustentabilidade para suas famílias, tendo como veículo de inserção social a cultura, priorizando a cultura afro-brasileira e suas origens.

Equipe

A diretoria do Afro-Sul Ọdọmode realiza suas atividades com o apoio de uma equipe técnica multidisciplinar, composta por Sociólogo, Pedagoga, Assistente Social, Fisioterapeuta e Pediatra.

A Instituição atende, atualmente, cerca de 50 crianças e adolescentes e suas respectivas famílias, de comunidades carentes em situação de vulnerabilidade social, situadas no entorno de sua sede.

A equipe desenvolve um trabalho pautado na ressignificação dos vínculos sociais e da rede de apoio, com o propósito de viabilizar um espaço de criação, de valorização e de fortalecimento de suas potencialidades, além do desenvolvimento da autoestima e da cidadania. Provocando, assim, questionamentos que fazem parte de sua realidade, para entender como se constituem os espaços de igualdade e desigualdade social.

Para operacionalizar o trabalho, a Instituição conta com uma equipe multiprofissional, que envolve educadores sociais e oficineiros de música, de dança, de hip hop, de capoeira, de educação ambiental, de recreação e de reforço pedagógico.

Há também projetos de extensão, envolvendo a colaboração de estudantes universitários de diferentes áreas de ensino, como Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, Artes Plásticas, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Direito, História, Enfermagem e Turismo. Estes estão sob supervisão pedagógica realizada por seus locais de ensino e pesquisa, em parceria com a Sociedade de Ação Social Ọdọmode.

A Afro-Sul Ọdọmode ainda mantém interfaces com a rede de atendimento Escola, FASC, CMDCA, CORAS, CMAS, conselhos Tutelares, DEMHAB e órgãos representantes de políticas públicas estaduais, municipais e federais.

A intenção é trabalhar o princípio da escuta e do acolhimento, pois entendemos que assim vamos conseguir desvendar essa realidade e desenvolver um trabalho pautado na valorização dos sujeitos sociais.

Contamos ainda com a participação efetiva do Serviço Social que tem com o objetivo acompanhar e intervir junto às famílias, crianças e adolescentes inseridos no projeto. Além disso, presta assessoria para desenvolver o trabalho com os cuidadores e oficineiros envolvidos nas atividades.

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